sábado, 9 de abril de 2011

SER OU NÃO SER?


“Adolescente é adrenalina que agita a juventude,
tumultua os pais e os que lidam com ele.
Adrenalina que dá taquicardia nos pais, depressão nas mães,
raiva nos irmãos, que provoca
fidelidade nos amigos, desperta paixão no sexo oposto,
cansa os professores, curte um
barulhento som, experimenta novidades,
desafia os perigos, revolta os vizinhos...
O adolescente é pequeno demais para grandes coisas e
grande demais para pequenas coisas.”
(Içami Tiba - Do livro Adolescentes: Quem ama, educa!)

Adolescente, ser ou não ser?
(Michelle Rocha)

Ninguém tem a escolha de pular esta
fase da vida. Fase esta de descobertas,
de incertezas, de paixões, de rebeldia, de
vontade de crescer logo, de ter amigos e
ter alguém em quem confiar!
Porém nossa sociedade vê os adolescentes
como sinônimo de “encrenca
à vista”, onde quer que esteja. Então
ouvimos: “não tenho paciência...” Aliás,
quem será o “aborrecente” da história?
André Luiz no livro “Missionários da
Luz” diz: “Essa é uma das mais belas e
importantes fases do Espírito reencarnado.
A epífise, glândula da vida mental,
acorda as forças criadoras e, em
seguida, continua a funcionar, como o
mais avançado laboratório de elementos
psíquicos da criatura terrestre. A
glândula pineal reajusta-se ao conserto
orgânico e reabre seus mundos maravilhosos
de sensações e impressões na
esfera emocional. Entrega-se a criatura
à recapitulação da sexualidade, examina
o inventário de suas paixões vividas
noutra época, que reaparecem sob fortes
impulsos”.
A pergunta 385 do Livro dos Espíritos,
explica: “Que é o que motiva a mudança
que se opera no caráter do indivíduo
em certa idade, especialmente ao
sair da adolescência? É que o Espírito
se modifica? Resposta: É que o Espírito
retoma a natureza que lhe é própria e
se mostra qual era...”
Temos aqui a explicação de como
muitos pais e responsáveis se perdem
e estranham algumas ideias e atitudes
dos seus filhos adolescentes, os quais
também não sabem o porquê desses
impulsos. Ou seja, teremos uma visão
diferente quando tivermos a oportunidade
de conhecê-los melhor, sem armaduras
ou preconceitos, olhando-os
como espíritos encarnados numa fase
de transição da infância para a busca
de uma maturidade física, psíquica e
espiritual.
Segundo Dorothy Law e Rachel Harris,
no livro “Os adolescentes aprendem
o que vivenciam”: “É muito importante
encontrar alguém especial que consiga
se aproximar do adolescente que está
se isolando do mundo. Para transformar
o resto da vida daquele garoto, basta
apenas um adulto... Criar oportunidades
para o estabelecimento de relacionamentos
com pessoas mais velhas, de
preferência antes de os problemas começarem.
Podem-se colocar os filhos,
ainda na puberdade, em atividades fora
da escola, mantendo-os ocupados de
forma construtiva e sob a influência de
adultos responsáveis e afetuosos.”
A responsabilidade é de todos nós
em oferecer a esses adolescentes a
oportunidade de despertar o amor por
si mesmo e pelo próximo, o seu potencial,
a vontade de se mostrar ao
mundo de uma forma positiva, de se
autoconhecer, compreendendo o que
se passa no seu interior e como lidar
com algumas situações que ainda lhes
são novas...
Finalizamos com as palavras do
nosso querido amigo Chico Xavier que
em uma entrevista nos esclarece: “...
os nossos companheiros reencarnados
entre a infância e a juventude, num
período em que nós acreditamos seja
mais proveitosa a aplicação de normas
educativas capazes de auxiliar a criatura
durante a sua encarnação na Terra.”
Deixamos um convite para que você
venha conhecer uma turma de pré-mocidade.
Michelle Rocha é coordenadora da
equipe de Pré-Mocidade

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